Wellington Dias visita áreas afetadas por enchentes em Teresina

O governador Wellington Dias visitou, nesta terça-feira (24), a região do Poti Velho e São Joaquim, às margens dos rios Poti e Parnaíba, na zona norte de Teresina, para ver pessoalmente o volume dos rios e lagoas da região, que subiram e, na última sexta-feira (20), e atingiu as populações ribeirinhas.

De acordo com o secretário de Estado da Defesa Civil, Geraldo Magela, atualmente, o rio Poti se encontra dentro do nível de normalidade, mas em estado de atenção.

“O rio Poti já se encontra dentro da sua faixa de normalidade para o período. No dia 20, sexta-feira passada, ele passou a sua cota de inundação e atingiu várias populações ribeirinhas, levando pessoas a serem desabrigadas”, explicou.

O gestor ressaltou que o interior do Piauí tem várias cidades atingidas e que mantém uma parceria com a Defesa Civil de cada município.

“Atualmente, temos uma situação mais crítica no município de Barras, Batalha, Esperantina, Joca Marques e também em Luzilândia. São municípios que, hoje, requerem mais atenção e estão com o número grande de pessoas desabrigadas e algumas comunidades isoladas por conta de estradas que foram alagadas ou até mesmo cortadas. Mas o Corpo de Bombeiros está presente na região, atuando junto às Defesas Civil Municipais para retirar essas pessoas da área de risco e levar para locais seguros”, disse Magela.

Há cerca de cinco mil pessoas afetadas pelas chuvas, em todo o estado, sejam desabrigadas, desalojadas ou que ficaram isoladas, sem acesso a estradas.

“Na região do rio Poti, na capital, temos cerca de 121 famílias afetadas pelas enchentes, então a Defesa Civil Municipal e o Corpo de Bombeiros estão atuando conjuntamente para fazer a retirada e levar, ou para a casa de parentes ou para abrigos. É um número que consideramos importante, mas a boa notícia é que o nível do rio baixou consideravelmente nos últimos quatro dias”, frisou o comandante do Corpo de Bombeiros Militar do Piauí, Carlos Frederico.

A preocupação dos órgãos também é quanto à pandemia do vírus SARS-CoV-2, sobretudo no que diz respeito ao alojamento de pessoas desabrigadas.

“Orientamos a Defesas Civil Municipais a não colocar famílias distintas no mesmo alojamento para evitar qualquer tipo de transmissão de qualquer doença, principalmente, relacionada ao coronavírus. Os órgãos envolvidos estão fazendo essa triagem, porque o momento exige isso, então na medida que forem identificando casos que possam sugerir a Covid-19, essa separação é feita de maneira automática”, adiantou Geraldo Magela.

Assunção Aguiar é moradora do bairro São Joaquim e destacou como positivo o trabalho dos órgãos militares e de assistência às famílias ribeirinhas.

“Aqui em nossa região, é comum, quando a água sobe, várias famílias ficarem em situação de vulnerabilidade, então, o momento é de conscientização das pessoas que moram na comunidade. O Governo tem feito um papel de conscientizar as pessoas de que vivemos um momento de pandemia e precisamos estar atentos. A água subindo tem um risco da alagação e de doenças. Então, a gente tem esses cuidados de ficar sempre observando se a lagoa ou rio subiu. Estamos tendo informação, no sentido de que se precisar de algum tipo de ajuda, para recorrermos à Sasc, que tem uma equipe já preparada para qualquer eventualidade, sermos socorridos e ajudar socorrer as pessoas também”, disse a moradora.

Wellington Dias falou sobre as principais medidas de prevenção e assistência a essas famílias.

“Trabalhamos de forma integrada com os Municípios, Estado e Governo Federal, mas também com a comunidade. Quero agradecer a solidariedade sempre muito forte do nosso povo. Todas as equipes, do Corpo de Bombeiros, da Defesa Civil, da Saúde, da Segurança, são muitas pessoas envolvidas trabalhando nessa operação no Piauí, onde ultrapassamos o número de cinco mil pessoas que foram desabrigadas, que tiveram que, ou por uma medida preventiva ou já por inundação, deixar suas casas”, declarou.

Segundo o chefe do executivo estadual, já foi decretado o estado de emergência no Piauí em razão das enchentes.

“Já fizemos a decretação reconhecendo a situação de emergência, também temos a situação de calamidade por conta do coronavírus e já encaminhamos as orientações para os planos, junto ao Ministério do Desenvolvimento, na área da Defesa Civil Nacional integrada com Defesa Civil do Estado e dos municípios”, pontuou Wellington Dias.

Na oportunidade, o governador visitou ainda a moradora do bairro Olarias conhecida como dona Roxinha, que viu parte da sua casa desabar por conta das chuvas. Wellington se comprometeu em dar toda a assistência necessária.

“Será feito um cadastramento e com esse cadastramento se tem o atendimento emergencial com alimentação e medicamentos, mas objetivando também garantir as condições de uma casa fora da área de risco”, afirmou.

Fonte: Ascom

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