Sucessão presidencial de 22 polarizada

Certamente a mais difícil eleição das sucessões presidenciais registradas e realizadas no Brasil. Nem sequer a de Jânio Quadros foi tão agitada. Menos ainda a de JK.

​Nenhum outro evento sucessório, para presidente da República, foi tão conturbado quanto este de outubro de 2022.

​Nenhum outro acontecimento eleitoral no Brasil chafurdou tanto nosso País, a sociedade, o eleitorado, os meios políticos e empresariais quanto a eleição presidencial deste ano, com uma disputa dilacerada e conturbada entre apenas dois postulantes, consequentemente uma eleição já polarizada, entre o presidente Bolsonaro, que postula reeleição, e o ex-presidente Lula, que quer retornar à Presidência da República, conquanto já foi eleito e reeleito presidente em pleitos pretéritos.

​Analistas políticos de renome e jornalistas políticos consagrados, compreendem ser uma acirrada disputa pelo poder da direita e da esquerda, com o presidente Bolsonaro representante da direita e Lula assumindo a esquerda.

​Para os críticos inconsequentes e políticos desavisados, há esta compreensão acima, com Bolsonaro, assumidamente da direita, e Lula no outro polo político ideológico da esquerda.

​Esquerda e direita, ou ainda centro direta e centro esquerda são jargões velhos, antigos, surrados e ultrapassados que ressurgem sempre nos períodos eleitorais para chacoalhar as partes envolvidas no pleito, porém, apenas com o intuito de fustigar os candidatos e partidários e inibi-los e intimidá-los na disputa para arrefecer os ânimos envolvidos. E as fortes emoções de todos.

​Não bastassem essas intimidações retóricas, acima referidas, ainda acunham as partes de comunistas e socialistas; ou, ainda, fascistas e nazistas e/ou conservadores, defensores de ditaduras de direita e de esquerda.

​Comentam que a esquerda é pró-china e a direita pró-Estados Unidos, como se houvessem apenas esses dois países no planeta.

​Embora o Brasil, com Bolsonaro, agora, e o ex-presidente Lula, no passado, mantínhamos relações diplomáticas, comerciais, industriais e culturais com China, Estados Unidos e Rússia indistintamente, derrubando esses pieguismos políticos ideológicos e sociológicos que só atrapalham as nossas relações com as maiores economias do mundo. E esperam o nosso crescimento sócio-cultural-econômico e sustentável por vários anos, prejudicando a geração de emprego e renda e o nosso desenvolvimento tecnológico.

​O Brasil se destaca, sendo o maior produtor mundial, em vários setores econômicos, consequentemente não necessitando entrar em disputas ideológicas porque tem a compra assegurada de seus produtos pelas maiores economias do planeta como China, Estados Unidos, Japão, Alemanha, Canadá, etc., etc. Produzimos vacinas, aviões comerciais e temos 13 montadoras de veículos etc.

​Esses patamares econômicos foram conquistados com o trabalho de vários presidentes, inclusive de Lula e Bolsonaro, que foram estabilizados e consolidados pelo trabalho constante e relevante dos empreendedores do Agronegócio, dos industriais, dos comerciantes, dos agropecuaristas etc.

​Os agropecuaristas e os empreendedores do Agronegócio possibilitaram ao País a oportunidade de ter o maior rebanho de gado do planeta; e o agronegócio, especialmente nos Cerrados, oportunizou o País ser o maior produtor de soja também do mundo.

​O essencial, o importante, e o relevante mesmo é que Bolsonaro e/ou Lula, seja qual for o eleito em outubro, preserve essas grandezas do Brasil e assegurem a sua estabilidade institucional, política, econômica, industrial, social, cultural para o bem de todos os 207 milhões de brasileiros.

​É justamente isto o de que necessitam o Brasil e a sociedade para continuarem a diminuir as distorções sociais, econômicas e culturais, ainda fortemente existentes no País, e oportunizando a desconcentração da renda para minimizar as desigualdades tão gritantes entre nós brasileiros.

​As pesquisas eleitorais dos institutos mais credenciados do País favorecem reiteradamente ao ex-presidente Lula, como vitorioso.

​Entretanto, os institutos são descredenciados pela rede social e internet e as motociatas que credenciam pertinentemente o atual presidente Bolsonaro, como vencedor.

​Enquanto Bolsonaro é aclamado nas ruas e pelos motociatas, o ex-presidente Lula não pode sair na rua.

​Eis, pois, o dilema: descredenciamento das pesquisas que pontificam o ex-presidente Lula como eleito em outubro e a rede social, a internet e as motociatas que empoderam Bolsonaro, como vencedor em outubro, mas as pesquisas são científicas, os dados na internet, não.

​Esta eleição é mesmo diferente de todas as demais anteriores.

Magno Pires – Diretor-Geral do Instituto de Águas e Esgotos do Piauí/IAEPI; Ex-secretário de Administração do Piauí; Ex-Presidente da Fundação CEPRO; Advogado da União (aposentado); Ex-Advogado da Cia. Antarctica Paulista, atual AMBEV, por 32 anos; professor e jornalista.

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