Silvio Mendes escreve carta de despedida a Firmino Filho: “lamento na nossa casa é da perda de um irmão”

O ex-prefeito de Teresina, Silvio Mendes, escreveu nesta segunda-feira (12) uma carta de despedida ao ex-prefeito Firmino Filho que foi encontrado morto no último dia 6 de abril em frente ao prédio do TCU – Tribunal de Contas da União, local onde trabalhava.

Na carta carta, Sílvio Mendes afirma que a morte de Firmino Filho causou profunda tristeza e deixou muitas perguntas sem respostas.

Conforme a carta de Silvio Mendes, Firmino Filho era um líder que dedicou metade da sua vida à gestão pública realizadora e Teresina lhe confiou para cuidar dela por quatro mandatos, privilégio que ninguém recebeu de um povo reconhecido, que lhe daria novas missões para continuar a ter esperanças no futuro.

Silvio Mendes se despede de Firmino Filho e diz que o “lamento na nossa casa é da perda de um irmão e se despede com até mais tarde”.

Confira a carta na íntegra:

Teresina, 12 de abril de 2021

Caríssimo Firmino,

O sono é menor e os pesadelos chegam quando acordado.
A sua decisão de partir sem despedida da família, de Teresina e seu povo, dos seus amigos e seguidores, que o tinham como um líder que não fugia dos debates e embates, bem fundamentados nas suas crenças, causou profunda tristeza e ficaram muitas perguntas sem respostas. Por que, Firmino? Por que, meu Deus?
Você sempre foi racional e cartesiano. Tinha formação, experiência. Dedicou metade da sua vida à gestão pública realizadora e Teresina lhe confiou para cuidar dela por quatro mandatos, privilégio que ninguém recebeu de um povo reconhecido, que lhe daria novas missões para continuar a ter esperanças no futuro.
Nos acostumamos a ter em você um líder e guerreiro. Você usava essas palavras, “guerreiras e guerreiros”, incentivando a equipe e seguidores das suas crenças. Até aprendeu a ganhar e a perder eleições. Nunca desanimou, sempre seguindo em frente!
Na sua timidez e virtude de mais ouvir do que falar, tivemos oportunidades de partilhar nossas aflições e até choramos juntos. Não por fraquezas, mas por sentimentos e valores comuns. Que tormentos o venceram? Você falava do futuro e, de repente, partiu! Até a pescaria combinada, não aconteceu. Os nossos desencontros foram escritos na areia e o vento levou.
Bem cedo do dia seguinte à sua partida, um passarinho veio cantar na minha janela. Foi sua visita de despedida?
O lamento na nossa casa é da perda de um irmão.
Até mais tarde. Na Hora do Angelus estaremos em orações, na esperança e pedindo pela sua paz de espírito.
Com admiração e saudade,
Sílvio Mendes e família.

Da Redação

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