Romeu Zema ataca Pimentel, atiça antipetismo e pode atrapalhar Lula

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), adotou como um dos motes de sua campanha à reeleição críticas à gestão do seu antecessor, o ex-governador Fernando Pimentel (PT). A estratégia é uma forma de se contrapor ao seu principal adversário, o ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PSD), que concorre com apoio dos petistas.

Indiretamente, o discurso pode atiçar o antipetismo e atrapalhar o desempenho do candidato do PT à Presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva no Estado. Minas Gerais é o 2º maior colégio eleitoral do país.

Zema não apoia nenhum dos principais candidatos no plano nacional. Mas pesquisas identificaram o fenômeno do chamado “LuZema”, ou seja, o eleitor que poderá votar em Romeu Zema para governador e em Lula para presidente, mesmo sem haver uma aliança formal entre os 2.

Se a campanha do atual governador tiver o efeito de aumentar o antipetismo em solo mineiro, poderá reduzir a probabilidade de o mesmo eleitor votar nele e em Lula. As pesquisas de intenção de voto mostram que Zema tem chance de vencer no 1º turno.

O partido do atual governador, o Novo, tem Felipe D’Avila como candidato a presidente. Zema decidiu não se associar a Jair Bolsonaro (PL), como fez para se eleger em 2018. Agora, ele tenta colar em Kalil a impopularidade de Pimentel. O elo entre um e outro, de acordo com esse discurso, é o PT, principal partido que apoia o ex-prefeito de Belo Horizonte.

Petistas ouvidos pelo Poder360 falaram que não há risco de a campanha de Zema respingar em Lula. Minas Gerais, com 16,3 milhões de eleitores, é um Estado-chave nos cálculos do petista para voltar ao Palácio do Planalto.

Só o eleitorado de São Paulo, com 34,7 milhões de integrantes, é maior que o de Minas. A campanha de Lula espera ter uma ampla vantagem no local para puxar o desempenho do candidato no Sudeste. Uma vitória na região, combinada com a força lulista no Nordeste, seria suficiente para levar o petista de volta à Presidência da República.

Fonte: Poder360

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