Premiê da Itália renuncia após tentar salvar coalizão governista

Após ter suas tentativas de reagrupar a coalizão governista frustradas, o premiê da Itália, Mario Draghi, reapresentou um pedido de renúncia ao presidente Sergio Mattarella nesta quinta-feira (21), abrindo o caminho para eleições antecipadas.

O gabinete de Mattarella, reeleito em janeiro, disse que ele pediu que Draghi, ex-presidente do Banco Central Europeu, permaneça no cargo como interino. O país —como já vinha sendo anunciado nas últimas semanas— mergulha em mais uma crise política.

O imbróglio teve o auge na semana, quando o populista Movimento 5 Estrelas (M5S), um dos partidos que compõem a coalizão governista, demonstrou que não apoiaria a votação de um pacote no Senado que teria validade de um voto de confiança ao governo de Draghi.

O premiê, então, fez seu primeiro pedido de renúncia ao presidente, mas Mattarella rejeitou e orientou que Draghi se apresentasse ao Parlamento e tentasse remendar as rachaduras na coalizão para mantê-la até o final da legislatura, no início do próximo ano.

Assim o primeiro-ministro o fez.

Em um discurso ao Senado, Draghi fez um apelo à unidade e expôs uma série de desafios que a Itália enfrenta, desde a Guerra da Ucrânia até a desigualdade social e o aumento dos preços, mas sem conseguir angariar de volta o apoio do Movimento 5 Estrelas.

A crise se aprofundou após outros partidos boicotarem um voto de confiança ao governo solicitado pelo premiê ao Senado. A Liga, de Matteo Salvini, e o Força, Itália, de Silvio Berlusconi, que compõem a ala mais conservadora da aliança, anunciaram que só dariam o voto de confiança se o novo pacto significasse uma reforma no governo que excluísse o M5S, que ocupa três ministérios.


Fonte: Folhapress

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