A Polícia Civil de Minas Gerais confirmou nesta quinta-feira (16) a morte de mais uma vítima com sintomas da síndrome nefroneural, que atinge os rins e o sistema nervoso. A doença e uma possível relação com o consumo da cerveja Belorizontina, da cervejaria Backer, vêm sendo investigadas pela corporação. Pelo menos três lotes da bebida estavam contaminados com as substâncias tóxicas dietilenoglicol e monoetilenoglicol, que teriam causado a síndrome.

Esta é a terceira morte confirmada pela doença no estado. Um outro caso ainda é investigado.

A vítima é um homem de 89 anos que estava internado no Hospital MaterDei, região centro sul da capital. Ele não teve a identidade revelada. A Polícia Civil trata todos os casos como suspeitos de intoxicação por dietilenoglicol até que o laudo fique concluído. O prazo regular para finalização do laudo é 30 dias.

O UOL procurou a Secretaria de Saúde de Minas Gerais, mas ainda não obteve retorno. Até o momento, a pasta confirma duas mortes. No último boletim, divulgado ontem à noite, a secretaria disse que o estado tinha 17 casos suspeitos de intoxicação por dietilenoglicol. Quatro casos foram confirmados e os 13 restantes continuavam sob investigação.

Executiva pede para consumidores não beberem cerveja
Na terça-feira (14), a diretora de marketing da cervejaria Backer, Ana Paula Lebbos, pediu que consumidores não bebam a cerveja Belorizontina, independentemente do lote. O alerta vale também para a marca Capixaba, nome dado à mesma cerveja no Espírito Santo.

“O que quero agora é que não bebam a Belorizontina, qualquer que sejam os lotes, por favor. Quero que meu cliente seja protegido. Não beba Belorizontina. Não sei o que está acontecendo”, disse.

A Backer tem negado o uso do dietilenoglicol em sua linha produção. Lebbos manteve essa afirmação, mas confirmou que o monoetilenoglicol é utilizado. As substâncias servem para resfriar a cerveja durante sua confecção, mas não devem ser adicionadas à bebida.

Fonte: Folhapress

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