Milton Gonçalves morre no Rio aos 88 anos

O ator Milton Gonçalves morreu hoje, aos 88 anos. A informação foi confirmada pela família dele para a Globo.

Segundo a família, ele morreu em casa por volta de 12h30, por consequência de problemas de saúde que vinha enfrentando desde que teve um AVC. Splash tenta contato com a família do ator.

O ator teve o AVC em fevereiro de 2020, enquanto participava de uma feijoada na quadra da escola de samba Salgueiro, na Tijuca, Zona Norte do Rio de Janeiro.

Carreira
Nascido em 9 de dezembro de 1933, em Monte Santo (MG), Milton Gonçalves tem uma longa trajetória como ator e diretor. Antes de iniciar sua carreira artística, porém, foi aprendiz de sapateiro, de alfaiate e de gráfico.

Contratado pela TV Globo em 1965, ele formou o primeiro elenco de atores da emissora, fez mais de 40 novelas é lembrado por personagens marcantes da televisão brasileira, como o Professor Leão do infantil “Vila Sésamo” (1972), o Zelão das Asas, de “O Bem-Amado” (1973), e o médico Percival, de “Pecado Capital” (1975).

Como ator, também participou de outras produções, como “Roque Santeiro” (1985), “Tenda dos Milagres” (1985), “As Noivas de Copacabana” (1992), “Agosto” (1993), “Chiquinha Gonzaga” (1999) e mais.

Já como diretor, sua primeira experiência aconteceu na novela “Irmãos Coragem” (1970), de Janete Clair. Ele também dirigiu os primeiros capítulos da novela “Selva de Pedra” (1972) e “Escrava Isaura” (1976), uma das novelas mais vistas no mundo.

Seu último trabalho na TV Globo foi na minissérie “Se eu Fechar os Olhos Agora”, de 2019. Milton Gonçalves interpretou o menino Paulo na fase adulta. Atualmente, ele está no ar com a reprise de “A Favorita” no “Vale a Pena Ver de Novo”.

Política
Militante do movimento negro, Milton Gonçalves chegou a tentar a carreira política e candidatou-se pelo PMDB a governador do estado do Rio de Janeiro, em 1994.

Em entrevista de 2019, ele disse sentir falta de representatividade no governo brasileiro e lamentou não ter mais representantes no país em que mais de 50% é de negros e pardos.

Fonte: Folhapress

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