O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta quinta-feira (1º) que o advogado Cristiano Zanin, 47 anos, será um “excepcional” ministro do STF (Supremo Tribunal Federal). O petista confirmou a indicação e afirmou que todos já “esperavam” que isso fosse acontecer.

“Acho que todo mundo esperava que eu fosse indicar o Zanin não só pelo papel que ele teve na minha defesa, mas porque eu acho que ele vai se tornar um dos grandes ministros da Suprema Corte”, declarou a jornalistas depois de reunião bilateral com o presidente da Finlândia, Sauli Niinistö. “Conheço suas qualidades, formação, trajetória e competência. E acho que o Brasil irá se orgulhar”, completou.

“Ele será um excepcional ministro –se aprovado pelo Senado, e acredito que será– e acho que o Brasil vai se orgulhar de ter o Zanin como ministro da Suprema Corte.”

O advogado será indicado para a vaga aberta por Ricardo Lewandowski, que se aposentou em 11 de abril. Natural de Piracicaba, no interior de São Paulo, Zanin poderá ficar na Corte até 15 de novembro de 2050, quando completará 75 anos e terá de se aposentar compulsoriamente. Ou seja, pode atuar na Corte pelos próximos 27 anos.

Conhecido por ser o advogado da linha de frente de Lula em casos da Lava Jato, Zanin e sua mulher, a advogada Valeska Teixeira Zanin Martins, atuam na defesa do petista desde 2013. Leia o perfil de Zanin aqui.

A indicação do advogado já era esperada. Em 2 de março, o presidente Lula afirmou que “todo mundo compreenderia que ele merecia ser indicado”.

“Tecnicamente ele cresceu de forma extraordinária”, declarou o presidente à época. “É meu amigo, é meu companheiro. Como outros são meus companheiros. Mas eu nunca indiquei por conta disso.”

Agora, Zanin deve deixar a defesa de Lula e passar a articular pela sua aprovação. Antes de tomar posse no STF, o advogado terá de passar por sabatina na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado. Entre os sabatinadores, estará o agora senador Sergio Moro (União Brasil-PR).

Se aprovado pela CCJ, a indicação de Zanin vai ao plenário da Casa Alta, onde ele precisará do apoio de pelo menos 41 senadores. Na história, os senadores só rejeitaram 5 indicados ao STF, todos em 1894, durante o governo do então presidente Floriano Peixoto (1891-1894).

Fonte: Poder360
Foto: Arquivo

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