Júri decide a favor de Johnny Depp em processo contra Amber Heard

O julgamento da ação movida por Johnny Depp contra Amber Heard chegou ao fim hoje. Depois de quase dois meses no tribunal do condado de Fairfax, na Virgínia (EUA), a decisão do júri foi unânime e a favor de Depp.

Foi considerado que Heard chamá-lo de “abusador sexual” era difamação. O júri considerou ainda que as acusações da atriz na publicação do Washington Post eram maliciosas.

Com isso, no primeiro momento, Heard teria que indenizar Depp em US$ 10 milhões (cerca de R$ 47,9 milhões) em danos compensatórios e US$ 5 milhões (R$ 23,9 milhões) em danos punitivos.

A atriz, porém, também ganhou sua acusação contra Depp — que disse que ela inventou uma história para policiais. Com isso, Heard receberá do ator US$ 2 milhões (R$ 9,5 milhões).

Indenização reduzida
Segundo o site TMZ, a indenização de US$ 5 milhões que Amber pagaria por “danos punitivos” caiu para US$ 350 mil (R$ 1,6 milhão), por conta a lei de Virgínia, local em que a decisão foi anunciada.

Conforme a lei do estado, há um limite de danos punitivos nesta categoria de caso. Portanto, ao final do processo, Amber Head pagará a Johnny Depp US$ 8,35 milhões (R$ 40,2 milhões), já considerando o desconto dos US$ 2 milhões que receberia do ator.

Heard compareceu ao tribunal acompanhada de seus advogados para tomar conhecimento da decisão. Do outro lado, apenas a defesa de Depp estava presente — de acordo com a imprensa norte-americana, o artista estaria no Reino Unido cumprindo outros compromissos.

O julgamento
O julgamento foi repleto de acusações mútuas e difamações, e revelou inúmeros detalhes sobre um relacionamento complexo e marcado por denúncias de violência doméstica, estupro, manipulação e uso de drogas e álcool.

Apesar de a ação ter exposto momentos gravíssimos do ex-casal, ela era sobre difamação. Depp, de 58 anos, pedia US$ 50 milhões (cerca de R$ 235 milhões) por Heard, 36, ter escrito um artigo no The Washington Post, em 2018, se colocando como vítima de violência doméstica. Ela não cita o ator na publicação, mas os relatos foram rapidamente associados a ele.

Também existia uma outra ação, em que Amber pedia US$ 100 milhões (R$ 417 milhões) de indenização porque a defesa de Depp disse publicamente que as alegações dela eram falsas.

O júri foi composto por sete pessoas — cujos nomes permanecerão mantidos em segredo por pelo menos um ano inteiro, segundo a juíza Penney Azcarate. De acordo com a People, eram cinco homens e duas mulheres.

Esperava-se que o veredito fosse lido às 15h do horário local, mas a juíza percebeu que o júri se esqueceu de preencher nos formulários quais seriam os danos a serem pagos por ambas as partes. Eles entraram em recesso, causando um atraso no anúncio.

Gregg “Rocky” Brooks abriu o processo em junho de 2018. Na época, a BBC teve acesso aos documentos em que ele detalha a suposta agressão. Segundo a agência de notícias britânica, ele diz ter sido agredido pelo ator em abril de 2017, após tentar encerrar uma gravação que já havia passado do horário predeterminado.

Brooks afirma que fez um alerta sobre o horário para o diretor do filme, que respondeu: “Por que você não diz isso para Johnny Depp?”

Ainda não acabou
Esse não é o fim da saga judicial de Johnny Depp. No dia 25 de julho, o ator volta aos tribunais para encarar mais uma acusação de agressão, dessa vez movida por um membro da equipe do filme “Cidade de Mentiras” (2018).

Ele então tentou abordar um policial de plantão no set de gravações, e Depp gritou: “Você não tem o direito de me dizer o que fazer!”

Depois, o ator deu dois socos na costela dele e ofereceu US$ 100 mil (cerca de R$ 481 mil) para que ele o socasse de volta. Nos documentos do processo, Brooks também diz que Johnny Depp costumava usar drogas no set e estava bêbado durante a gravação.

Além de Johnny Depp, Brooks também processou o diretor Brad Furman, a produtora Miriam Furman e a empresa Good Film Productions por demissão injusta — ele afirma que foi demitido após se recusar a assinar uma declaração dizendo que não processaria a empresa.

Fonte: Folhapress

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