O deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR) disse nesta 4ª feira (17) que o TSE “inventou uma inelegibilidade imaginária”. A declaração foi dada 1 dia depois do congressista ter o mandato cassado, na noite de terça-feira (16) pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Em conversa com jornalistas na Câmara dos Deputados, Dallagnol também afirmou que a Justiça Eleitoral “anulou o voto” de 344 mil eleitores que o elegeram para a Câmara. “Há quem tenha sido cassado por questionar as urnas. Hoje, o TSE anula todas as urnas do Paraná, frauda e mina a democracia”.

O ex-procurador do MPF (Ministério Público Federal) no Paraná reforçou as falas anteriores de que teve a candidatura cassada “por vingança”. Dallagnol acrescentou que a decisão da Justiça Eleitoral foi em resposta ao “combate à corrupção” realizado durante a Lava Jato.

Nomes citados
Dallagnol fez citações diretas a políticos investigados pela operação e também aos “ministros” do Judiciário, como Gilmar Mendes. “Aécio Neves está em festa, Eduardo Cunha está em festa”, apontou, citando ainda outros nomes.

O deputado federal também disse que o “PT [Partido dos Trabalhadores] e o presidente [Lula] pediram a sua cassação”. Dallagnol comentou a respeito de uma “inversão de valores” no Brasil. Além disso, falou a respeito do chefe do Executivo, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o qual ele declarou ter sido “descondenado” pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

Durante o pronunciamento de Dallagnol, estiveram presentes congressistas da oposição ao governo, como o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), a deputada Julia Zannata (PL-SC) e o deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP).

Cassação no TSE
Na terça-feira (17), o TSE decidiu por unanimidade cassar o registro de candidatura do deputado Deltan Dallagnol (Podemos-PR).

O recurso foi apresentado pela federação Brasil da Esperança (PT-PC do B-PV) no Paraná e pelo PMN (Partido da Mobilização Nacional), mas chegou à Suprema Corte Eleitoral. Os partidos questionaram a ficha limpa do congressista, já que ele responde a processos administrativos.

Os ministros seguiram o voto do relator do caso, ministro Benedito Gonçalves, que considerou que o deputado antecipou sua demissão do cargo de procurador no Paraná para evitar uma punição administrativas do CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público), a qual poderia torná-lo inelegível.

Fonte: Poder360
Foto: Reprodução

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