Fórum encaminha ações para melhoria do acesso e tratamento à saúde mental de pacientes no Piauí

Retomando a realização de forma presencial, os membros que compõem o Fórum Interinstitucional Permanente em Saúde Pública do Estado do Piauí reuniram-se durante a tarde/noite desta quarta-feira (8), no auditório do CRM-PI, que preside os encontros e, juntamente com os demais membros, delibera, decide e propõe os encaminhamentos necessários à prestação de saúde de qualidade à população.

A pauta central foi sobre o atendimento em saúde mental nos hospitais gerais. A respeito dos atendimentos aos pacientes que necessitam ou já passam por tratamento de saúde mental, a preocupação dos membros do Fórum foi direcionada à forma como está sendo feito tal acompanhamento, desde os primeiros atendimentos nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), que são a porta de entrada para essa demanda, bem como os passos seguintes, que podem levar a encaminhamento para tratamento com psiquiatras, psicólogos, demais profissionais de saúde e até mesmo a necessidade de internações.

Nas discussões, foi levado em consideração o aumento da necessidade de atenção aos pacientes e suas famílias, principalmente após os dois longos anos de pandemia, o que fragilizou ainda mais a sociedade em geral. Esse cenário evidenciou claramente um aumento no número de quadros de ansiedade, depressão, entre outros casos relacionados à saúde mental.

A Promotora de Justiça do Ministério Público Estadual, Drª Karla Carvalho, apresentou sugestões, dentre elas, continuar as fiscalizações na área da saúde mental, capacitação de equipes para acompanhamento de internações involuntárias e acompanhamento dos processos de desinstitucionalização dos pacientes internados no Hospital Areolino de Abreu, em Teresina, que é a referência pública para internações, e ainda o acompanhamento da implantação dos leitos de saúde mental em Hospital Geral. Ao final da reunião, ficou acordada a criação de um núcleo de atenção à saúde mental, sob a coordenação da Secretaria Estadual de Saúde (SESAPI).

O CRM-PI considera que deve haver uma atenção melhor, por parte dos gestores, aos CAPs, principalmente sob a ótica de acolhimento às famílias dos pacientes, já que os desdobramentos repercutem no tratamento e terapia daqueles.

Além do presidente do CRM-PI, Dr. Dagoberto Barros da Silveira, e da Assessoria Jurídica do CRM-PI, participaram os representantes das seguintes instituições: Ministério Público Estadual, SESAPI, Fundação Municipal de Saúde de Teresina (FMS), Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Piauí (Cosems-PI), Comissão de Direitos da Saúde da OAB-PI e Hospital Getúlio Vargas (HGV).

Fonte: Ascom

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