João Cláudio Moreno, humorista com mais de 30 anos de uma carreira de sucesso; Patricia Mellodi, cantora e compositora com sucesso nas rádios nacionais, prêmios de música e canções em novelas da Globo; Clara Mello, escritora, poeta, roteirista; formam uma família nada tradicional. Separados há mais de vinte anos, Patrícia e João se mantiveram unidos através da filha Clara e o amor ao ofício de artistas. Entre Teresina e Rio de Janeiro, e muitos projetos culturais, os três se mantiveram interligados e parceiros.
Pai, mãe e filha se unem no palco pela primeira vez para o espetáculo Hereditário que mistura humor, música e poesia e tem como tema as relações familiares. Sempre através das artes, o ponto de união, os três vão contar a própria história, do encontro dos pais à separação, o nascimento da filha, a relação de pai e filha, mãe e filha, e a reconstrução e ressignificação das relações através do tempo.
A arte dos três é interligada pelos elos familiares, memórias, e também pelo amor ao Piauí, o sentimento de pertencimento, ancestralidade, hereditariedade de quem nasceu e tem orgulho de ter sua origem no berço dos homens e mulheres americanos. O roteiro é assinado por Clara Mello, que também participa de algumas composições com a mãe Patricia Mellodi. Segundo ela, o projeto passou por muitos ciclos até finalmente ganhar a forma que será levada ao público.
“Inicialmente era um livro inspirado no meu pai, depois virou o título de um projeto com a minha mãe, com composições que fizemos em parceria. Mas depois que a nossa produtora Darcy Mendonça viu uma live dos meus pais, ela teve a sacada de que o Hereditário não era uma coisa nem outra, mas nós três juntos. De cara achei que ela estava maluca, disse que ela teria que me pagar 10 anos de terapia para eu aceitar uma coisa dessas, mas depois entendi a força que essa união tinha, não só pelo nosso profundo elo de amor, pela nossa história ser toda muito bonita, mas também por sermos três artistas tão fortes e múltiplos individualmente. E que fazer esse espetáculo seria a própria terapia. Não só para nós, mas provavelmente também para várias outras pessoas, porque todo mundo tem questões a resolver com os pais”, conta Clara Mello, concluindo que o “Hereditário” não é só a história pessoal da família, é sobre todos os vínculos familiares, é você perceber que tem tudo a ver com uma bisavó que nem conheceu, que tem talentos, anseios, intuições que são dos seus antepassados, é a passagem de todos nós por esse mundo e o legado que a gente deixa para que a vida continue.
O espetáculo que acontece em Teresina, no próximo dia 02 de Dezembro, no Palácio da Música, tem direção de Moisés Chaves e produção Darcy Mendonça e Antoniel Ribeiro. O mesmo conta com investimentos da Lei Aldir Blanc, através de um edital lançado pela Prefeitura Municipal de Teresina, por meio da Fundação Municipal de Cultura Monsenhor Chaves.
Fonte: Ascom/PMT