Datafolha: Lula tem 53% dos votos válidos contra 47% de Bolsonaro

Pesquisa Datafolha realizada de 5 a 7 de outubro mostra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) 6 pontos percentuais à frente de Jair Bolsonaro (PL) na corrida pelo Palácio do Planalto. Os 2 candidatos saíram à frente no 1º turno das eleições e se enfrentam em um confronto direto em 30 de outubro.

Segundo o levantamento, o candidato petista tem 53% dos votos válidos –sem contar brancos e nulos– contra 47% do chefe do Executivo.

O resultado em votos válidos inclui só as intenções atribuídas a um candidato, excluindo-se os votos brancos e nulos. É assim que o TSE divulgará os resultados no domingo à noite, 2 de outubro. Se um candidato receber pelo menos 50% + 1 dos votos, será eleito no 1º turno.

Em votos totais, o placar é de 49% a 44% para o ex-presidente. Eleitores indecisos ou que não responderam são 2%, e brancos e nulos, 6%.

O levantamento entrevistou 2.884 eleitores. Tem margem de erro de 2 pontos percentuais para mais ou para menos em um intervalo de confiança de 95%. Custou R$ 467.894,00, pagos pelo Grupo Globo e pela Folha de S. Paulo. Está registrado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número BR-02012/2022.

Veja os resultados da apuração no 1º turno em todo o Brasil.

Rejeição
O levantamento também perguntou aos eleitores em quem não votariam “de jeito nenhum” no 2º turno. Bolsonaro lidera no segmento (51%), enquanto 46% rejeitam dar seu voto a Lula.

Sobre a certeza do voto, 42% estão convictos na decisão de reeleger o atual presidente. A taxa é de 47% entre o eleitorado lulista.

PoderData
Pesquisa PoderData realizada com 3.500 eleitores de 3 a 5 de outubro mostra uma disputa mais apertada na corrida presidencial. Lula aparece com 52% dos votos válidos e Bolsonaro, com 48%. Não há empate técnico, pois a pesquisa tem 1,8 ponto percentual de margem de erro.

Quando se considera a totalidade dos votos, Lula tem 48% contra 44% de Bolsonaro. São 6% os que dizem pretender votar em branco ou anular o voto e 2% os que não sabem.

A pesquisa foi realizada pelo PoderData, com recursos do Poder360, por meio de ligações para telefones celulares e fixos. Foram 3.500 entrevistas em 301 municípios nas 27 unidades da Federação de 3 a 5 de outubro de 2022. A margem de erro é de 1,8 ponto percentual para um intervalo de confiança de 95%. Registro no TSE: BR-08253/2022. Saiba mais sobre a metodologia lendo este texto. A divulgação dos resultados é feita em parceria editorial com a TV Cultura.

Diferenças nas pesquisas
Esta eleição presidencial está sendo desafiadora para as empresas que fazem pesquisa. Há muitos resultados indicando sinais divergentes. Ficou difícil saber qual é a tendência real deste momento.

É importante dizer que todas as pesquisas estão certas, cada uma dentro da metodologia que escolhe. Cada sistema pode ter vantagens e desvantagens, a depender da conjuntura que pretende apurar.

Em 2018, por exemplo, havia muito “voto envergonhado” em Jair Bolsonaro. Alguns levantamentos presenciais tinham dificuldade de captar esse tipo de preferência. Já as pesquisas por telefone davam mais conforto para parte dos eleitores que optavam pelo então candidato a presidente pelo PSL (hoje, Bolsonaro está no PL).

Ainda não está claro o impacto que cada metodologia tem na coleta de dados. Mas já se sabe que pesquisas presenciais tendem a ter um resultado apontando uma liderança mais folgada de Lula. E pesquisas por telefone (sobretudo as automatizadas e neutras, com uma gravação fazendo as perguntas, como o PoderData) tendem a mostrar uma disputa mais apertada.

Nos Estados Unidos, há décadas não se usa pesquisa presencial para aferir intenção de voto em nível nacional. O ambiente polarizado ao extremo prejudica a coleta dos dados quando o entrevistador e o entrevistado ficam frente a frente.

Em suma, é importante registrar que não se trata de haver erro em uma ou outra pesquisa. São metodologias diferentes. No final desta campanha será possível saber qual terá sido o sistema mais apropriado para apontar tendências no atual momento político brasileiro.

Fonte: Poder360

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