O avião que sofreu um acidente no início da tarde deste domingo (9) no Aeroporto de Congonhas, Zona Sul de São Paulo, foi retirado da pista quase nove horas depois, por volta das 22h. Ele foi removido por um caminhão e deslocado para uma pista lateral.
Com a interdição da pista por horas, ao menos 140 voos foram cancelados no país: 73 partindo do Aeroporto de Congonhas e 67 chegando. A pista foi liberada para pousos e decolagens às 22h18 e o aeroporto deve ficar aberto até a 1h excepcionalmente.
O Aeroporto de Congonhas é o segundo com maior tráfego de passageiros do país e tem a rota mais movimentada do Brasil, que é a ponte-aérea com o Rio de Janeiro, de acordo com a Anac.
Segundo a Infraero, ninguém ficou ferido. O pneu do trem traseiro estourou na hora do pouso. A aeronave transportava dois tripulantes e três passageiros, e estava com a documentação regular. A pista auxiliar do aeroporto está liberada para aviação executiva.
Com isso, os voos foram cancelados e o saguão do Aeroporto de Congonhas ficou lotado. Até as 20h, 34 voos foram cancelados na chegada a Congonhas e 37, na saída.
Informações iniciais indicam que a demora para a retirada da aeronave ocorreu porque não havia equipamento para remoção da aeronave. Questionada sobre a demora para a retirada, a Infraero respondeu que era necessária uma “prancha para remoção”.
A Latam informou que passageiros com voos domésticos com origem, conexão ou destino em Congonhas – São Paulo, dias 09/10 e 10/10, “têm flexibilidade de postergar ou cancelar suas viagens sem custo podendo remarcar ou pedir o reembolso integral sem cobrança”.
Mensagem interna da Gol repassada aos tripulantes pede para eles marcarem viagens só a partir do dia 16 de outubro, quando a situação deve ser normalizada.
Investigação
Investigadores do Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA IV), localizado em São Paulo(SP), órgão regional do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), foram acionados para fazer a investigação do acidente envolvendo o avião matrícula PP-MIX.
“Na Ação Inicial são utilizadas técnicas específicas, conduzidas por pessoal qualificado e credenciado que realizam a coleta e confirmação de dados, a preservação de indícios, a verificação inicial de danos causados à aeronave, ou pela aeronave, e o levantamento de outras informações necessárias ao processo de investigação”, diz nota do órgão.
Áudio que circula em grupos de pilotos indica que o pneu estourou no momento do pouso porque houve uma tesoura de vento (mudança brusca de direção e velocidade do vento em uma curta distância, resultando em efeitos cortantes ou descendentes) e falha no freio.
Fonte: R7.com