O PSDB, que administra Teresina há 34 anos, vê na eleição deste domingo (15) o risco de perder o protagonismo na capital dos piauienses. No poder deste de 1986, com a eleição do prefeito Wall Ferraz, o partido está passando pela sua prova de fogo.
Mesmo com quatro mandatos do prefeito Firmino Filho e dois do ex-prefeito Silvio Mendes, o partido chega ao pleito de 2020 sem liderara as pesquisas eleitorais e com vários questionamentos dos adversários, que creditam a sua gestão o fracasso do sistema Inthegra, os problemas de saneamento, como as enchentes a cada ano na época das chuvas, tímida industrialização de Teresina e a falta de infraestrutura de grandes obras.
Escolhido pelo prefeito Firmino Filho para ser candidato do PSDB a prefeito de Teresina, Kleber Montezuma traz consigo os êxitos da educação na capital, mas também carrega consigo o fardo da falta de habilidade em negociações, sendo tachado de arrogante por professores e funcionários da Prefeitura de Teresina.
Um revés eleitoral do PSDB no próximo domingo pode representar o isolamento do partido no Piauí. Sem capilaridade no interior, os tucanos sempre se vangloriam de ter um comando da prefeitura na capital, tida como uma gestão técnica.
Caso o PSDB perca a prefeitura de Teresina, o maior prejudicado seria o prefeito Firmino Filho, que tem ambições de disputar o governo do estado. O prefeito não teria forças para encampar uma candidatura a governador do Piauí e seria carta fora do baralho na sucessão estadual de 2022.
A possível derrota dos tucanos na capital abre espaço para senador Ciro Nogueira se consolidar como o nome a oposição em 2022. Com o Progressista favorito para ganhar nas maiores cidades piauienses, o senador será unanimidade na oposição e não teria a sombra do prefeito Firmino Filho, pois estaria fragilizado com a derrota de Kleber Montezuma em Teresina.