Arthur do Val é cassado e fica inelegível por 8 anos

O plenário da Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) decidiu pela cassação do mandato do ex-deputado estadual e integrante do MBL (Movimento Brasil Livre) Arthur do Val. Com isso, o político conhecido como Mamãe Falei fica inelegível por oito anos. A votação terminou com 73 votos a favor da cassação, nenhum contra, e zero abstenções.

Após a sessão, a defesa de Arthur disse que a decisão “deixa claro que foi promovida uma perseguição” contra o ex-parlamentar, e que o motivo principal seria “retirá-lo da disputa eleitoral deste ano”. Em nota enviada pela assessoria do político há também um argumento Do Val renunciou ao mandato em abril, no que foi visto por opositores como uma manobra para tentar evitar a continuidade do processo. O ex-parlamentar passou a enfrentar o pedido de cassação após vazamento de áudios com comentários sexistas sobre as mulheres ucranianas.

Antes de abrir mão do cargo, o então deputado estadual chegou a admitir a possibilidade de ser cassado, mas garantiu que iria “cair atirando”. A declaração ocorreu durante entrevista ao canal “Inteligência Ltda”, no YouTube.

O único caso de cassação analisado pelo Conselho de Ética ocorreu em 1999, segundo o próprio colegiado. O então deputado Hanna Garib teve seu mandato extinto depois de ser acusado de envolvimento em esquemas de corrupção na administração da cidade de São Paulo.

Relembre o caso
Após viajar à fronteira da Ucrânia pelo MBL em março para, segundo ele, prestar apoio aos refugiados que saem do país por conta da invasão e ataques da Rússia, Arthur do Val disse em áudio que as mulheres ucranianas “são fáceis porque são pobres”. O caso gerou repercussão negativa não só no Brasil, mas também no exterior. Vários parlamentares entraram com pedidos de cassação do mandato do colega.de que a punição foi desproporcional “já que a mesma Casa foi branda em relação a casos muito mais graves, como o do parlamentar Fernando Cury, que apalpou os seios de uma deputada e foi suspenso por apenas seis meses”.

Fonte: Folhapress

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