Alepi lembra o centenário de nascimento de Celso Barros Coelho

Os deputados Wilson Brandão (PP) e Dr. Hélio (MDB) apresentaram, na sessão desta quarta-feira (11), na Assembleia Legislativa voto de Louvor pelos 100 anos do jurista Celso Barros Coelho. Nascido em 11 de maio de 1922, Celso Barros Coelho é natural de Pastos Bons, no Maranhão, filho de Francisco Coelho de Sousa e de Alcina Barros Coelho.

“Celso Barros Coelho, nascido no Maranhão, mas com o coração piauiense. Ao longo de sua história ele sempre teve, em seu sentimento de vida, ser um intelectual. Formou-se na Faculdade de Direito do Estado do Piauí, e depois foi professor da própria Faculdade e em vários colégios particulares e públicos. Foi um leitor compulsivo e autor de mais de dez obras de natureza jurídica e obras literárias. É membro da Academia Piauiense de Letras, do qual também tenho orgulho de pertencer também, e ter tido o prazer de conviver com o professor Celso Barros até hoje e com a sua brilhante inteligência”, disse o deputado Wilson Brandão.

O parlamentar também lembrou da passagem política do “Dr. Celso Barros” pela política, quando foi deputado estadual em 1962, sendo cassado em 1964 por exigência dos militares durante a ditadura, e deputado federal por dois mandatos.

O deputado Dr. Hélio Oliveira também falou sobre a importância do jurista. “Celso Barros Coelho tem um trabalho marcante, seja como acadêmico, seja como político, mas principalmente um homem que dedicou a sua vida para as causas sociais. Então é um privilégio do nosso Estado e um orgulho para todos nós ter Celso Barros Coelho em nossa história”, disse.

O presidente da Casa, deputado Themístocles Filho (MDB)  também lembrou de seu convívio com Celso Barros. “Tive o privilégio de conviver com Celso Barros Coelho fazendo campanha ao lado do meu pai, percorrendo o estado do Piauí. Então essa é uma homenagem mais do que justa, são poucas as pessoas que chegam a 100 anos lúcidos como Celso Barros. Felicidades para ele, sua família e seus amigos”, disse o presidente.

Trajetória do Celso Barros Coelho

Celso Barros Coelho iniciou seus estudos em 1938, aos 16 anos, no Seminário Menor de Teresina, do qual foi seminarista até 1945. Dali, começou a sua sólida formação, com domínio do latim, grego, francês, italiano e espanhol, além de ser profundo conhecedor da língua portuguesa e da literatura brasileira e universal. Após a conclusão do Seminário, adveio logo convite da Igreja Católica para morar na Itália, o qual teve que recusar, pela impossibilidade de sair do Brasil, naquele período, haja vista ser órfão de pai e, sendo o primogênito, por considerar-se, ao lado de sua mãe, também responsável pelo destino dos irmãos. Permaneceu em Teresina e iniciou a sua brilhante carreira no magistério, no nível primário e secundário, sendo Professor do próprio Seminário Menor de Teresina, Colégio Diocesano, Colégio das Irmãs, Liceu Piauiense, Colégio Demóstenes Avelino e Escola Normal Antonino Freire, com as disciplinas de português, francês, latim e grego.

Graduou-se na UFPI em 1952, aos 30 anos de idade. Acumulou uma exuberante cultura jurídica, demonstrada nas aprovações de concursos públicos para Juiz de Direito, Promotor de Justiça, Auditor e Procurador Federal (cargo em que é aposentado) e de Professor da UFPI, titularizando-se na cátedra de Direito Civil até 1992, quando foi aposentado compulsoriamente pela idade (70 anos). Antes, por alguns anos, foi Professor de Direito Civil convidado da Universidade Nacional de Brasília (UNB).

Advogado há 65 anos, presidiu a OAB Piauí por 11 anos e notabilizou-se como grande criminalista na década de 1960. Ao enveredar para a política partidária, foi Deputado Estadual eleito, com mandato cassado pela Ditadura de 1964, e Deputado Federal por dois mandatos, sendo vice-líder e líder dos partidos aos quais se filiou. Merece destaque, outrossim, o lado intelectual, na imortalidade granjeada na Academia Piauiense de Letras, da qual foi Presidente, sendo o mais longevo acadêmico, e nas suas dezenas de obras jurídicas, filosóficas e de cunho político e social.

Fonte: Alepi

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