O governo americano acusou nesta terça-feira (21) dois hackers, com o apoio da agência de inteligência da China, de tentar roubar segredos de empresas de mais de 11 países, entre eles os próprios EUA, Reino Unido e Alemanha.

Segundo o Departamento de Justiça americano, parte do material seria de pesquisas relacionadas ao novo coronavírus. O processo contra Li Xiaoyu e Dong Jiazhi foi divulgado nesta terça-feira pelo órgão. Na ação, o governo americano acusa os dois de agirem tanto por motivos financeiros quanto para fornecer informações ao governo chinês.

O procurador-geral assistente da Divisão de Segurança Nacional dos EUA, John Demers, afirmou em entrevista coletiva que os ataques cibernéticos foram voltados contra companhias localizadas, entre outros países, na Austrália, Coreia do Sul e Espanha.

Os dois hackers também teriam testado as defesas cibernéticas de pelo menos quatro empresas americanas que estão desenvolvendo testes e tratamentos contra a Covid-19 nos últimos meses.

Outras vítimas dos hackers, segundo o Departamento de Justiça, seriam empresas com contratos com o Departamento de Defesa dos EUA.

Em maio, o governo Trump acusou publicamente a China de tentar roubar propriedade intelectual relacionada a tratamentos e vacinas contra a Covid-19 de universidades americanas, farmacêuticas e outras empresas ligadas ao setor de saúde. Pequim nega todas as acusações.

EUA também acusam Rússia
Os governos do Reino Unido, EUA e Canadá acusaram a inteligência estatal russa, na última quarta-feira, de tentar furtar pesquisas farmacêuticas e acadêmicas internacionais com o objetivo de vencer a corrida para garantir uma vacina contra a Covid-19. Os hackers usariam spear-phishing e malware para tentar obter acesso à pesquisa.

Fonte: globo.com
Foto: Getty Images

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