Vitor Pereira se apresenta ao Flamenga e elogia Jorge Jesus

Escolhido para ser o técnico do Flamengo em 2023, Vitor Pereira foi apresentado oficialmente na tarde desta terça-feira, no Ninho do Urubu. Em sua entrevista, ele elogiou o estilo implementado por Jorge Jesus em 2019 e comentou sobre qual time pretende ter.

“Eu gosto de um jogo agressivo, de pressão, de posse e de domínio, e essa também foi uma ambição que me trouxe ao Flamengo – disse o técnico.

O primeiro grande desafio é a disputa do Mundial de Clubes, em fevereiro, mas Vitor Pereira lembrou que ainda há um caminho até chegar em uma eventual final. Ele disse que pretende em pouco tempo criar uma “identidade de jogar pelos jogadores, e não por mim”.

“Nós primeiros temos que ganhar o primeiro jogo. Temos que focar essencialmente neste jogo. Mas, antes temos a Supercopa. Um trabalho bem feito no ano anterior, cada treinador tem a sua forma de jogar, cada um tem sua ideia de jogo, e ela tem que ser criada muito em função da qualidade dos jogadores. Uma das razões fortes de eu aceitar foi a forma ambiciosa que me apresentaram o projeto e a qualidade do elenco. E essa qualidade agora vai nos fazer construir um jogo que tenha uma identidade de jogar pelos jogadores, e não por mim. Aquilo que temos que fazer é um jogo que os liga e seja consistente. Vamos tentar fazer isso, temos pouco tempo, mas temos uma experiência de curto espaço de tempo para agilizar essa forma de jogar”.

O português, de 54 anos, comandou o Corinthians na temporada passada e levou o time até a final da Copa do Brasil, mas perdeu para o Flamengo, nos pênaltis.

Estilo de jogo parecido ao de Jorge Jesus?
Fundamentalmente, o que pretendemos juntos, e foi também um dos motivos que me convenceu a aceitar é o elenco de qualidade. Uma estrutura de altíssimo nível, então nós pretendemos criar juntos um jogo atrativo, que os jogadores desfrutem e a torcida também. De fato 42 milhões é muita gente junto.

“Grande desafio profissional”
Agradecer a confiança, e retribuir com compromisso e dedicação, que é o que sempre faço. Com este grande desafio que me foi lançado por um clube desta dimensão, em um ano com muitos títulos em disputa, será um grande desafio profissional, é com muita honra e responsabilidade que eu e minha equipe aceitamos, o meu agradecimento pela confiança e vamos trabalhar para conseguirmos grandes vitórias.

Intensidade e disputa da Supercopa
Primeiro, temos que construir o que já começamos a fazer. Os primeiros dias serviram para que hoje começássemos o trabalho tático, ligar os jogadores com as ideias e a qualidade deles. E perceber se eles se sentem confortáveis para irmos crescendo. O tempo será pouco, mas temos experiência para sermos objetivos, temos que ir direto aos comportamentos que pretendemos. Essa é a nossa vantagem e de eu não estar a primeira vez no Brasil. Eu conhecia muito pouco do campeonato, mas agora já tenho um conhecimento muito aprofundado.

Relação com Jorge Jesus
Engraçado que eu estou no Flamengo e ele no Fenerbahçe. Eu vim de lá e ele já havia passado aqui. Jogamos muitas vezes contra em Portugal, eu no Porto e ele no Benfica, tivemos uma relação um pouco difícil, sempre no limite, mas engraçado que depois de termos esses dois campeonatos entre nós em dois anos, acabamos depois por desenvolver uma certa amizade. Eu cada vez mais admiro o treinador, muitas vezes apresentamos um papel, mas no fundo não somos assim. Desenvolvemos um personagem que muitas vezes é confundido com arrogância, a pressão é tão grande que às vezes nos tornamos um pouco agressivos. E depois fora do futebol somos pessoas diferentes, e essa amizade com o Jorge é uma amizade que eu aprecio. É muito relativo isso de um treinador ser melhor que o outro.

Fonte: globo.com
foto: Reprodução

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