A Interpol prendeu o empresário e herdeiro Thiago Brennand, que estava foragido desde setembro. Ele virou réu por agressão após aparecer em um vídeo agredindo a modelo Helena Gomes em uma academia de São Paulo. A prisão ocorreu na quinta-feira em Dubai, nos Emirados Árabes, às 14h (21h, no horário de Brasília), segundo a Polícia Federal e a Polícia Civil de São Paulo.

Brennand havia deixado o país em 3 de setembro, poucos dias após reportagem do Fantástico revelar as agressões. Enquanto ele estava no exterior, se tornou réu por lesão corporal contra a mulher na academia e corrupção de menores, por ter incentivado o filho adolescente a também ofender a vítima.

Em 9 de setembro, a Justiça deu prazo de 10 dias para Brennand retornar ao Brasil, mas ele não voltou. Em 27 de setembro, foi determinada a prisão dele por não ter se apresentando e não ter entregado o passaporte. Segundo sua defesa alegou à época, ele voltaria ao Brasil em 18 de outubro.

A delegada Ivalda Oliveira Aleixo, da Divisão de Capturas do Departamento de Operação Policiais Estratégicas (Dope) da Polícia Civil de São Paulo, informou que a PF cuidará da vinda do empresário ao Brasil. “Ainda estamos falando com a PF para saber como será esse trâmite, já que o procurado foi detido em outro país”, disse Ivalda ao g1.

Mais denúncias contra empresário
O caso de agressão, com as imagens de dentro da academia, foi revelado em agosto pelo Fantástico. Depois disso, novas denúncias com relatos de estupro, cárcere privado, agressões e ameaças a outras mulheres vieram à tona.

Brennand também enviou e-mails com intimidações para uma promotora e obrigou mulheres a tatuarem as iniciais do nome dele, “TFV”.

O empresário não chegou a ser interrogado, mas a Justiça já havia proibido que ele frequentasse academias e se aproximasse de testemunhas do caso que foi exibido no Fantástico.

O Núcleo de Atendimento à Vítima de Violência (NAVV) do Ministério Público tinha começado a ouvir as 11 novas vítimas que acusam Brennand de crimes. Entre elas, estão nove mulheres que disseram ter sido estupradas por ele. Três falaram que ele as obrigou a tatuarem as iniciais dele em seus corpos.

Os casos teriam ocorrido entre 2021 e este ano em Porto Feliz, no interior paulista, onde o empresário tem residência num condomínio de alto padrão. As vítimas eram mulheres que o conheceram pelas redes sociais ou pessoalmente e tiveram algum contato ou relacionamento com ele.

Fonte: G1.globo.com
Foto: Reprodução

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