Polícia Civil deflagra operação e cumpre mandados contra empresários e agentes públicos

A Polícia Civil do Piauí, por meio da Delegacia de Combate à Corrupção (DECCOR), em trabalho conjunto com o TCE-PI e CGU, deflagrou nesta terça-feira (25) a Operação Entrelaçados. O objetivo da diligência é dar cumprimento a mandados de busca e apreensão contra sete empresas, residências de empresários e de três agentes públicos. A investigação apura a suposta prática dos crimes de fraude à licitação, associação criminosa, e desvio de recursos públicos envolvendo contratações do município de Batalha. Ainda na diligência, o Juízo determinou o afastamento cautelar do Pregoeiro daquele município. Os investigadores e auditores encontraram indícios de que ele ocupava o cargo de forma irregular, podendo estar diretamente envolvido nas supostas fraudes investigadas. De acordo com a Polícia Civil, os levantamentos preliminares feitos pela DECCOR e pelos órgãos de controle mostraram que as empresas alvos da operação possuem estreita ligação entre si, algumas dividindo inclusive o mesmo endereço, e sendo administradas por familiares próximos. Dados apontam que elas venceram licitações de 2017 a 2020, recebendo entre R$ 3 e 4 milhões de reias por ano só do município de Batalha. A Polícia Civil confirmou que, aparentemente, as empresas não possuem capacidade operacional para o fornecimento dos materiais licitados (material de limpeza, papelaria e medicamentos). Uma delas não possui sequer funcionário contratado. A Polícia Civil afirma que durante a investigação encontrou indícios de favorecimentos escusos, visto que algumas pessoas jurídicas foram recém-criadas e mesmo assim conseguiram vencer certames para fornecimento de grande quantidade de produtos. Também há suspeita de combinação de preços entre os licitantes para escolha dos vencedores. 

Conforme a Polícia Civil, operação de hoje cumpre 11 mandados de busca e apreensão nas cidades de Teresina, José de Freitas e Barras. O nome da operação é uma referência ao estreito laço familiar mantido entre os supostos empresários e suas empresas.

Com informações da Ascom/PC
Foto: Divulgação/PC

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