PF prende coronel da PM que comandava operações de segurança na Esplanada

A Polícia Federal prendeu nesta terça-feira (7) o ex-chefe do departamento operacional da Polícia Militar do DF, o coronel Jorge Eduardo Naime, por suspeitas de omissão no planejamento da segurança do dia 8 de janeiro. A prisão preventiva foi cumprida em nova fase da operação Lesa Pátria, que busca identificar os responsáveis pelas invasões das sedes dos Três Poderes.

Ao todo, são três mandados de prisão temporária e um mandado de prisão preventiva. De acordo com a PF, o objetivo da ação é identificar pessoas que participaram, financiaram ou fomentaram a invasão e depredação dos prédios do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do STF.

Essa nova fase também mira outros policiais militares investigados por suspeita de omissão na segurança da região. As ordens judiciais foram expedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Nas fases anteriores, a PF cumpriu 16 mandados de prisão preventiva e 31 de busca e apreensão.

O ministro da Justiça, Flavio Dino, repercutiu a operação pelas redes.

“Polícia Federal segue fazendo trabalho de investigação dos fatos ocorridos no dia 8 de janeiro. As apurações estão sendo entregues ao Poder Judiciário e ao Ministério Público, para as providências cabíveis. O Estado de Direito tem o dever de se proteger contra seus ‘homicidas'”, publicou o ministro no Twitter.

Folga na véspera
O coronel Jorge Eduardo Naime Barreto pediu folga do trabalho às vésperas dos ataques realizados por bolsonaristas golpistas em Brasília. O oficial foi chamado às pressas para atuar contra os invasores. Naime foi exonerado do cargo após a ação dos golpistas.

O militar fez a solicitação de folga no dia 3 de janeiro. No pedido, o oficial demandava a dispensa até 8 de janeiro. A aprovação do pedido foi assinada no dia 5 pelo gabinete então comandante-geral da PM-DF, Fábio Augusto Vieira. Vieira foi exonerado e preso por suspeita de omissão, mas depois o ministro do STF Alexandre de Moraes revogou a prisão de Vieira.

Além de Naime, o ex-secretário de Segurança do DF, Anderson Torres, também estava ausente da capital federal no dia dos atos golpistas que questionavam o resultado das eleições presidenciais de 2022. Torres também foi exonerado e está preso em Brasília.

Fonte: globo.com
Foto: Reprodução

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