Petrobras reajusta diesel nas refinarias em 8,9%

A Petrobras elevará o preço do diesel nas refinarias em quase 9% a partir de quarta-feira (29), após 85 dias de estabilidade, informou a companhia em nota, frisando que o movimento é importante para garantir o abastecimento do combustível no país.

“Esse ajuste é importante para garantir que o mercado siga sendo suprido em bases econômicas e sem riscos de desabastecimento pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras: distribuidores, importadores e outros produtores, além da Petrobras”, disse a empresa em comunicado.

Com o ajuste, o valor médio do diesel vendido pela companhia a distribuidoras passará de R$ 2,81 para R$ 3,06 por litro, refletindo reajuste médio de R$ 0,25 por litro.

A Petrobras ainda afirmou que apenas parte do preço preço final dos combustíveis é de sua responsabilidade.

“Considerando a mistura obrigatória de 12% de biodiesel e 88% de diesel A para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da Petrobras no preço do diesel na bomba passará a ser de R$ 2,70 por litro em média, uma variação de R$ 0,22”, disse a empresa.

O repasse do aumento para as bombas, nos postos, depende de uma série de questões, como margens de distribuidoras e revendedoras, misturas de biodiesel, assim como tributos.

Sem mudança na política de preços
O aumento já era esperado. Na última segunda (27), o diretor-executivo de Comercialização e Logística da empresa, Cláudio Mastella, havia dito que a empresa poderia aumentar os preços. Segundo o executivo, os valores praticados até então estavam defasados ante o mercado internacional.

Segundo o executivo, nos últimos meses houve mudanças significativas no mercado internacional, mas que grande parte delas foi compensada por flutuações do câmbio.

No entanto, uma redução de oferta de petróleo, especialmente nos Estados Unidos, e uma perspectiva de elevação da demanda internacional de energéticos têm puxado os valores para cima.

A Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) calcula que a defasagem de valores é de 14% no diesel e de 10% na gasolina, segundo dados de fechamento da última sexta-feira (24).

Apesar disso, Mastella e o presidente da petroleira estatal, Joaquim Silva e Luna, frisaram que não houve mudanças na política de preços e que a companhia continua a seguir indicadores internacionais, mas evitando a volatilidade externa.

Fonte: Folhapress

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