O deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS) disse no Twitter na manhã desta 5ª feira (27.out.2022) que o partido Novo determinou a suspensão da filiação de João Amoêdo. Como justificativa, segundo o congressista, a Comissão de Ética apontou “risco de dano grave e de difícil reparação à imagem e reputação do Novo”.

Apesar de não citar no texto, a suspensão foi anunciada 12 dias depois de Amoêdo afirmar que votará no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no 2º turno da eleição presidencial. O seu partido, porém, declarou apoio à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Os fatos, a história recente e o resultado do 1º turno, que fortaleceram a base de apoio de Bolsonaro, me levam à conclusão de que o atual presidente apresenta um risco substancialmente maior”, justificou Amoêdo em entrevista à Folha de S.Paulo.

Desde então, o co-fundador do Novo, que foi candidato do partido ao Planalto em 2018, entrou na mira de seus colegas. A direção da legenda classificou o voto de Amoêdo em Lula como “incoerente”.

Em 19 de outubro, integrantes do Novo assinaram um manifesto que pede a sua desfiliação. Afirmaram que, ao declarar voto em Lula, Amoêdo renunciou “a todos os princípios e valores que regem o Novo, por representar as ideias absolutamente contrárias àquelas defendidas pelo nosso partido”. Eis a íntegra (4 MB).

O documento tem 75 signatários. Entre eles estão Felipe D’ávila, candidato a presidente no 1º turno, e Romeu Zema, governador de Minas Gerais reeleito.

No tuíte publicado nesta 5ª feira (27.out), van Hattem disse que a suspensão é liminar (emergencial e provisória), até que o pedido de expulsão seja avaliado.

Leia a nota do Novo na íntegra:
“O Diretório Nacional do Partido Novo foi comunicado nesta quinta-feira, 27, sobre decisão da Comissão de Ética Partidária (CEP) suspendendo liminarmente a filiação de João Amoêdo no âmbito de Procedimento Disciplinar sigiloso aberto contra ele por possíveis violações estatutárias.

“A Comissão de Ética Partidária é a instância permanente responsável por analisar denúncias feitas por filiados do NOVO e independente da Direção Partidária.”

Fonte: Poder360

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