Morre Monarco, símbolo da Portela e do samba

Baluarte mais antigo da Portela, Monarco morreu neste sábado, 11, ao 88 anos. Desde novembro, o sambista estava internado no Hospital Federal Cardoso Fontes, onde passou por uma cirurgia no intestino e não resistiu às complicações. Integrantes da Portela confirmaram o falecimento ao GLOBO. Até o momento, não há informações sobre velório e enterro.

“Sua última apresentação em público foi onde mais gostava de cantar, em casa, na quadra da Majestade do Samba!”, escreveu a diretoria da Portela, em nota publicada logo após a morte. “Na ocasião, participou da edição de outubro da Feijoada da Família Portelense ao lado de seus companheiros de estrada e de vida da Velha Guarda Show”.

“Perdemos nosso mestre. A Portela está triste, o mundo do samba está triste. Ele cumpriu a missão dele bacana. Deus recebe”, lamentou Zeca Pagodinho, em um vídeo postado em seu perfil no Instagram.

Referência da escola de Madureira ao lado de nomes da nata do samba, como Paulinho da Viola e Clara Nunes, Hildemar Diniz ficou conhecido por um apelido de infância, que ganhou quando ainda vivia em Nova Iguaçu. Filho do marceneiro e poeta José Felipe Diniz, chegou a ajudar a mãe, separada, nas despesas da casa, vendendo mangas na feira da cidade da Baixada Fluminense.

— Eu perdi um segundo pai e a portela perdeu o maior portelense de todos os tempos, o maior sambista que ela poderia ter— disse Serginho Procópio, compositor, filho do sambista Osmar do Cavaco e membro da Velha Guarda da Portela.

Aos 10, o carioca do bairro de Cavalcanti voltou a morar no Rio, desta vez em Oswaldo Cruz, onde passou a frequentar as rodas de samba. Ali conheceu bambas como Paulo da Portela, fundador da Azul e Branco, de quem se tornou discípulo. Na década de 1950, ingressou na Ala de Compositores da escola, levado por Alcides Malandro Histórico, de quem se tornou parceiro. Cavaquinista e percussionista, também foi diretor de harmonia.

Fonte: globo.com

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