Morre em SP o jornalista Gilberto Dimenstein aos 63 anos

Morreu em casa, na manhã desta sexta-feira (29), o jornalista Gilberto Dimenstein, aos 63 anos. Ele lutava contra um câncer no pâncreas desde 2019 e estava em tratamento há nove meses. Ele morava na Vila Madalena, na zona oeste de São Paulo.

Fundador do site Catraca Livre, Dimenstein passou por grandes veículos de imprensa, como Folha de S. Paulo, Correio Braziliense, Jornal do Brasil, Veja e foi comentarista por muitos anos da Rádio CBN.

Na página do Catraca Livre, uma mensagem comunica a morte de seu idealizador: “Morre hoje (29) o jornalista Gilberto Dimenstein. A luta contra o câncer levou o fundador da Catraca Livre, mas sua determinação em construir uma comunidade mais igualitária, saudável e gentil, continua nesta página”.

No Twitter, diversos colegas de profissão comentaram a morte de Dimenstein, entre eles Vera Magalhães que escreveu: “Uma perda imensa para o jornalismo brasileiro. Um homem íntegro, inspiração para minha geração, que lutou até o fim contra uma doença cruel. Que descanse em paz e que seus familiares e amigos encontrem conforto naquilo que acreditam e uns nos outros”.

Também a jornalista Miriam Leitão prestou homenagem ao jornalista nas redes sociais: “A perda de Gilberto Dimenstein é gigante para o jornalismo. Ele revolucionou a forma de fazer o nosso ofício. Fez sucesso muito jovem, sempre foi um inteligente analista da vida nacional. Depois foi abrir novas fronteiras como o@catracalivre. Saudades imensas.”

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), lamentou a morte do jornalista a quem considerou “um dos principais expoentes do jornalismo brasileiro. Inquieto e dinâmico, deu voz a atores antes excluídos do debate nacional. O jornalismo e a sociedade perdem um olhar humanista e solidário. Meus sentimentos aos familiares”.

A Prefeitura de São Paulo também lamentou “profundamente o falecimento do jornalista Gilberto Dimenstein e se solidarizou com a família e amigos”. Em nota, escreveu: “Nos diferentes veículos de comunicação onde passou, em especial na Folha de S.Paulo onde trabalhou por 28 anos, ele defendeu a liberdade de imprensa, as minorias, os mais vulneráveis e, especialmente, a Cidade de São Paulo ao criar o Catraca Livre, com seu jornalismo dedicado.”

Dimenstein teve uma de suas obras transformada em filme em 2012. Inspirado na série de livros “Mano” do jornalista e de Heloisa Prieto, o longa “As Melhores Coisas do Mundo” contava o cotidiano de um grupo de adolescentes e os dilemas dessa fase da vida.

Fonte: r7.com
Foto: Reprodução/Arquivo pessoal

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