Um homem identificado Françoar Paixão, morador da comunidade Mimbó, localizado em Amarante, no Sul do Piauí, percorreu quase 200 quilômetros para fazer uma denúncia de racismo na Central de Flagrantes em Teresina.

De acordo com Tatiana Paixão, esposa de Françoar, saíram no sábado do Mimbó para realizar o boletim em Amarante, mas a delegacia estava fechada. Em seguida eles se deslocaram para a cidade de Água Branca, onde também não foi possível.

“Nós saímos do quilombo para registrar em Teresina porque não queríamos esperar para segunda. Não aguentamos ficar sem dormir, o psicológico da gente está muito afetado. Queríamos registrar naquele momento. Fomos para Amarante e estava fechado. Fomos para Água Branca e disseram que não dava para fazer porque não tínhamos o CPF do indivíduo e pediram para aguardar para segunda. Tive que ir para Teresina. O carro quebrou no meio do caminho; quase duas horas de relógio com o carro quebrado e chegamos em casa 3h30 da madrugada, sem beber e sem comer”, destacou.

Tatiana acrescentou que familiares pediram para desistir da denúncia.

“O Françoar ainda está abatido. Eu já disse para ele tirar isso da cabeça e o problema é que o pessoal da família (do suspeito) está querendo passar pano para a situação, porque é parente da mulher do indivíduo; passar despercebido. Sempre quem apoia racista é assim. A sogra do rapaz já me ligou umas sete vezes, mas não vou querer acordo”, destaca.

Da Redação
Foto: Rede social

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