Liz Truss assume cargo de primeira-ministra do Reino Unido

Depois de receber a maioria dos votos do Partido Conservador, Elizabeth Truss, de 47 anos, assumiu nesta 3ª feira (6.set.2022) o cargo de primeira-ministra do Reino Unido. A nova líder foi recebida pela rainha Elizabeth 2ª, de 96 anos, no Castelo de Balmoral, na Escócia, e convidada a formar um novo governo.

Truss discusará na sede do gabinete do primeiro-ministro, na Downing Street nº 10, em Londres.

Há expectativas de que a premiê anuncie os integrantes que formarão seu gabinete, cotado para ser o 1º do Reino Unido sem um homem branco ocupando os 4 principais cargos do governo.

Segundo o jornal Washington Post, Truss deve nomear James Cleverly, um homem negro, para ocupar a função de ministro de Relações Exteriores. Suella Braverman, de origem indiana e que foi sua adversária durante a disputa para a escolha do novo premiê deve assumir como secretária do Interior. Já Kwasi Kwarteng é cotado para ser o 1º ministro das Finanças negro.

Em seu discurso, Truss deve falar ainda sobre um pacote estimado em 100 milhões de libras (R$ 603 milhões na cotação atual) para lidar com a crise energética no país. Um dos desafios da nova líder britânica será conter o preço médio das contas de energia residencial no Reino Unido. Há o risco de que os valores aumentem 87% em 2022.

De acordo com o Financial Times, o novo governo britânico planeja subsidiar o custo do gás. O objetivo é permitir que os fornecedores limitem o preço da energia para residências e empresas. No entanto, ainda não está claro se os limites para as famílias e as empresas serão o mesmo. A medida deve ser anunciada formalmente na 5ª feira (8.set.).

Despedida de Johnson
Truss sucede Boris Johnson, que também deixou o governo nesta 3ª feira (6.set) depois de renunciar em 7 de julho. Em frente à Downing Street, o ex-premiê fez seu discurso de despedida e sinalizou que espera poder retornar ao cargo. Ele também demonstrou descontentamento com a forma como foi forçado a deixar o governo.

Johnson também pediu aos integrantes da sua equipe e do Partido Conservador que apoiem Truss. “Porque é isso o que o povo deste país quer. Isso é o que eles precisam. E é isso que eles merecem”, disse.

Depois do discurso de despedida, Johnson viajou para a Escócia para apresentar sua renúncia à rainha Elizabeth 2ª. Fugindo à tradição, ele e Truss foram recebidos pela monarca no Castelo de Balmoral, residência de verão da família real britânica.

Essa foi a 1ª vez em 70 anos de reinado que a rainha Elizabeth recebeu um novo primeiro-ministro fora do Palácio de Buckingham. O caso se deu porque a monarca está com problemas de mobilidade.

Quem é Liz Truss
Mary Elizabeth Truss, nascida em 26 de julho de 1975, atuou como secretária de Relações Exteriores do Reino Unido e ministra da Mulher e Igualdade. Nascida em Leeds, cidade no norte da Inglaterra, é filha de pais de esquerda.

Estudou filosofia, política e economia no Merton College, em Oxford, graduando-se em 1996. Foi na universidade que Truss se afastou da ideologia centro-esquerda e se tornou uma conservadora.

Sua carreira na política começou em 2001, quando tinha 25 anos. Na época, ela se candidatou ao Parlamento britânico pela cidade de Hemsworth, em West Yorkshire, mas não conseguiu se eleger. Sofreu outra derrota em 2005, quanto tentou um assento por Calder Valley, também em West Yorkshire.

Foi no ano seguinte, em 2006, que Truss foi eleita vereadora em Greenwich, um bairro de Londres. Em 2010, disputou um assento no Parlamento pelo distrito Sudoeste da cidade de Norfolk e foi eleita.

Em 2012, foi nomeada para o seu 1º cargo dentro do governo britânico para atuar como subsecretária de Estado Parlamentar para Educação e Assistência Infantil. Desde então, Truss foi ministra da Educação, secretária de Estado do Meio Ambiente, secretária da Justiça, secretária do Tesouro e secretária de Estado do Comércio Internacional.

Durante a campanha para a escolha do novo premiê, prometeu reduzir impostos e adotar uma “linha dura” com a União Europeia sobre o Brexit. Afirmou também que faria do Reino Unido uma nação a ser aspirada por outras.

Fonte: Poder360

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