Lixo e lixões – Uma tragédia ambiental…

Se o recolhimento e/ou coleta do lixo urbano diário tem problema intrigante, irresolutivo, inadequado, as autoridades e/ou gestores municipais arcam com o enorme passivo (lixões e/ou lixo acumulado), certamente uma questão de mais difícil resolução.

Os lixões e/ou aterros urbanos impõem às autoridades um sacrifício resolutivo bem maior. Estas grandiosas montanhas de lixo causam várias doenças, danificam o meio ambiente e atingem o lençol freático, contaminando-o irremediavelmente.

​Se esses lixões produzem efeitos cascatas com as suas contaminações, levando doenças às populações urbanos que residem nas imediações desseS gigantescos paióis de lixo que intrigam a inteligência de administradores municipais para diminuir, remediar, mitigar e decidir a sua extinção e/ou destinação.

​O homem, justamente o que mais danifica o meio ambiente, tem diante de si e nas áreas de território de seus municípios, um gravíssimo problema para solucionar, entretanto, ele próprio, foi o responsável e/ou o causador dessa tragédia urbana.

​Irresolutivo e indiferente deixou acumular, talvez desapercebidamente, ou desconhecendo o que poderia acontecer no futuro, foi relegando aquela montanha de lixo, até que o próprio meio ambiente reagiu à sanha irrefletida gerencial de quantos gestores desmereciam e irrelevavam aquela fortaleza ambiental que crescia e se agigantava constantemente.

​Com a reação do meio ambiente à produção de material lesivo e que danificava mais ainda, o meio ambiente, como o “chorume” e a leva de animais como ratos, baratas, urubus, mosca varejeira, etc., e uma variedade de insetos…, o homem percebeu que teria que agir, embora tardiamente, para salvar o ar, a terra, as árvores, os cursos de água de superfície e do subsolo, o oxigênio, dentre outros bens essenciais à vida humana, faz intervenções para minimizar e/ou extinguir os lixões e os seus efeitos perversos à natureza e ao homem.

​A ação humana e/ou dos gestores não tem sido muito benevolente. Porquanto, alguns, querem fazer do lixo e lixões um negócio comercial que rende lucros e/ou benefícios aos agentes públicos, além das mediadas paliativas e irresolutivas desses agentes públicos, que querem auferir lucros, com a solução apresentada. E, assim o meio ambiente permanece desprotegido.

​Perquirindo medidas resolutivas, o poder Executivo Estadual está apresentando às usinas de beneficiamento total dos lixos e lixões, com diagnóstico dos lixos e lixões, bem como diagnóstico do PRAD – Plano de Recuperação das Áreas Degradadas, sem enterrar lixo, e com total respeito à natureza, como o que o Instituto de Águas e Esgotos – IAE-PI, através do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia, levou para Picos e o município preferiu fazer um Termo de Ajustamentos de Conduta com o MPE, sem obedecer a aplicação do PRAD, embora medida não recomendável porquanto não respeite totalmente ao meio ambiente e às regras jurídicas de proteção e este próprio meio ambiente.

​Contudo, como o MPE, Secção de Picos, celebrou esse “ajuste de conduta” com o município, compete ao Instituto, como agente público também providenciar medida para continuar defendendo o que há de melhor e mais recomendável à solução dos lixos e lixões. E lamentar, profundamente, o desprezo de autoridades à inteligência e à ciência, apresentada pelo Estado do Piauí.

MAGNO PIRES é Diretor-geral do Instituto de Águas e Esgotos do Piauí – IAE-PI, Ex-Secretário de Administração do Piauí e ex-presidente da Fundação CEPRO, advogado da União (aposentado), professor, jornalista e ex-advogado da Cia. Antáctica Paulista (hoje AMBEV) por 32 anos consecutivos.

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