Incêndio atinge unidade da Cinemateca Brasileira

Um incêndio atingiu uma unidade da Cinemateca Brasileira, na Vila Leopoldina, Zona Oeste de São Paulo. O imóvel, de 9,5 mil m², teve o galpão de arquivo comprometido – uma área de cerca de 1 mil m². Ao todo, 70 bombeiros e dezoito viaturas estão no local. O fogo já está contido e deve ser totalmente apagado em breve. Não há registro de vítimas.

O incidente teria começado no teto, por volta das 18h. De acordo com a bombeira militar Karina Paula Moreira, o fogo se iniciou em uma sala de acervo histórico de filmes, no primeiro andar, durante uma manutenção de ar condicionado, conduzida por empresa terceirizada contratada pelo Governo Federal. Em nota, a Secretaria Especial de Cultura menciona ter contratado serviço de manutenção do sistema de climatização no local há um mês.

Segundo Karina Paula, o local da origem do incêndio é dividido em três salas, todas atingidas pelas chamas. “Provavelmente não foi preservado nada. Porém, no andar térreo tem uma parte grande do acervo histórico que não foi atingido”, afirmou em entrevista à GloboNews.

Além do primeiro andar, ainda não há certeza do nível total de destruição. “É o galpão de arquivo. Acreditamos ter muito filme, CD, cartazes… Filme antigo tem nitrato de celulose, é um tipo de produto que pega fogo muito fácil, bastante inflamável, e suspeitamos que esse seja o principal material, até pela coloração do fogo”, explicou o porta-voz dos Bombeiros, Marcus Palumbo.

A unidade da Vila Leopoldina foi criada em fevereiro de 2009. O imóvel foi cedido pela SPU (Secretaria do Patrimônio da União) e está localizado em uma área onde se concentram diversas empresas ligadas à produção audiovisual. A partir de 2011 a unidade iniciou um trabalho de acervo de obras.

Atualmente, a Cinemateca possui uma dívida que já passa de R$ 13 milhões devido a um calote do governo federal. Ela é o maior museu do audiovisual e do cinema da América do Sul e é administrada pelo Ministério do Turismo.

Pelas redes sociais, diversas personalidades lamentaram o incidente e cobraram ações do governo federal. Na pauta em discussão, também foi lembrado que servidores já alertavam para os riscos de incêndio na instituição.

Fonte: Folhapress

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