Confiante, Neymar platina os cabelos para enfrentar a Coreia do Sul

Foi o mesmo cabeleleiro, que começou trabalhando na periferia de São Vicente, litoral de São Paulo, hoje trabalha em Paris, e cobra 40 euros, cerca de R$ 219,00, o corte, quem o atacante convocou para ir à concentração brasileira. E o chamou para repetir o que fez na Rússia.

Jogar a Copa do Mundo com o cabelo loiro.

Quem conhece Neymar sabe: desde garoto ele gosta de mudar seu visual. E o cabelo é alvo predileto. Já teve cabelo moicano; fez topete; deixou mullet, como cantores sertanejos; tentou até deixar dreadlocks, as mechas usadas por rastafaris.


É algo de sua personalidade.

Quando está alegre, confiante e, midiático, chamar a atenção sobre ele com o visual. Além de ficar feliz, mais motivado, sabe que agrada aos seus mais de 240 milhões de seguidores nas redes sociais.

Só que também há algo de estratégico na pintura do cabelo. E que aprendeu com Ronaldo Fenômeno, na Copa de 2018. O visual de um jogador, tão importante quanto ele, desvia o foco de uma contusão.

Ronaldo orientou Neymar no início de sua carreira, até que o pai do jogador decidiu que ele mesmo seria o empresário do filho.

Mas algumas lições de Ronaldo, Neymar leva para a vida.

Na Copa da Rússia ele vinha da segunda fratura no mesmo osso do pé direito, o quinto metatarso. E tratou também de platinar o cabelo. Mudar o visual acabou por hipnotizar a grande mídia. Para se proteger das pancadas, ele exagerou nas simulações, que não convenceram o mundo.

Aqui no Catar, ele teve uma grave lesão no tornozelo direito. Rompeu ligamentos quando Gudelj, da Sérvia, caiu sobre sua perna. Ainda ficou 11 minutos em campo, participou dos dois gols na vitória por 2 a 0. Mas teve de ser substituído, com o tornozelo inchado.

Só hoje, 11 dias depois, estará em campo.

Platinar o cabelo como fez há quatro anos e meio tem também a função de desviar a atenção do noticiário. Será manchete em todos os portais. Estará nas matérias das televisões antes do jogo contra a Coreia do Sul, às 16 horas.


Havia sérias dúvidas se Ronaldo conseguiria jogar a Copa de 2002 até o final. Ele tinha grave problema no joelho direito. Eu estava no Japão e um dos principais focos da cobertura dos jornalistas era se ele aguentaria disputar o Mundial.

E ele decidiu, antes da semifinal contra a Turquia, radicalizar.

Cortou com aparelho de barbear seu cabelo. Só deixou a frente. Igual ao personagem do cartunista Mauricio de Souza, Cascão.

O corte foi copiado por milhares de crianças no Brasil.

A explicação, nas palavras do próprio Ronaldo.

“Estava com problema no meu joelho. Não queria falar sobre o assunto, então cortei meu cabelo. Eu vi meus companheiros de equipe e perguntei a eles: ‘Vocês gostaram?

“Eles disseram: ‘Não, é horrível! Pare com isso’. Mas os jornalistas viram meu corte de cabelo e esqueceram a lesão.”


Fonte: R7.com
Foto: Rede social

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