Cai o consumo das famílias de Teresina em fevereiro, afirma pesquisa da Fecomércio

Pesquisa sobre Intenção de Consumo das Famílias de Teresina – ICF, realizada na parceria
entre a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Piauí através do Instituto FECOMERCIO de Pesquisa e Desenvolvimento e a CNC ( Confederação Nacional do Comercio de Bens, Serviços e Turismo )

O índice ICF varia de 0 a 200 pontos, sendo a variação entre 100 a 200 considerado zona de otimismo e abaixo de 100 caracteriza-se como pessimismo. Neste mês o ICF atingiu 99,3 pontos enquanto que no mês passado o indicador foi de 100,8 pontos, atingindo um recuo de1,49%. Na comparação com fevereiro de 2020 que alcançou o índice de 115,5 pontos houve uma queda de 14,03%.

Tradicionalmente o mês de fevereiro sempre tem uma queda no Consumo, porque, o mês de janeiro sempre apresenta maiores volumes de compras, principalmente matrículas em escolas particulares e material escolar, além dos impostos e IPVA dos carros e motos.
Para realizar um diagnóstico mais completo sobre as potencialidades do Consumidor com relação às pretensões de ir as compras, a pesquisa foi dividida em 7 componentes: Emprego Atual, Perspectiva Profissional, R

Cai o consumo das famílias de Teresina em fevereiro, afirma pesquisa da Fecomércio
Gráfico sobre as variações mensais de consumo

Sobre a situação do Emprego Atual (manutenção do emprego- as pessoas que estão empregadas são as que potencialmente tem condições de consumir) .Este componente atingiu 117,3 pontos, abaixo 2,4 pontos percentuais sobre a pesquisa de janeiro, que atingiu 119,7 pontos. Com relação ao mesmo período do ano passado, 27,9% dos entrevistados disseram que estão mais seguros nos seus empregos e 24,3% afirmaram que a situação de emprego está igual ao ano passado. Entretanto, 37,0% encontravam-se desempregada na época das entrevistas o que culminou negativamente para o resultado.

Quanto a Perspectiva Profissional, neste mês de fevereiro o índice Perspectiva Profissional alcançou 128,6 pontos, resultado acima da pesquisa de janeiro que atingiu 128,3 pontos. A maior parte das famílias empregadas com carteira assinada (61,5%) considera positivo o cenário para os próximos seis meses, acreditando que poderá haver melhora nos seus salários em virtude das reformas.

Foi registrado por 40,8% dos entrevistados que a Renda Atual do Consumidor está melhor do que no mesmo mês (fevereiro) do ano passado. Entretanto, 40,2% disseram que a Renda Atual ficou igual a do ano de 2020.

Compras a Prazo. O Índice de Confiança referente a acesso ao Crédito, no mês de fevereiro, para os Consumidores da Capital do Piauí ficou em apenas 77,2 pontos. Na realidade a desaceleração do Consumo das Famílias está relacionada principalmente ao comportamento do crédito às pessoas e, como este vem ficando cada vez mais caro, o consumidor está mais cauteloso na hora de ir às compras. Como a avaliação deste componente é realizada levando em consideração a classe social do entrevistado, percebe-se que o maior percentual de otimismo está no grupo que fatura acima de 10 salários mínimos (114,7 pontos).

Com relação ao componente Consumo Atual, os entrevistados declararam uma queda de 8 pontos percentuais de janeiro para fevereiro uma vez que 31,3% dos teresinenses afirmaram que estão comprando mais em fevereiro, e em janeiro o percentual foi maior ( 39,3% citados na pesquisa ). O grupo das famílias que faturam acima de 10 salários mínimos, 71,2% disseram que consumiram mais em janeiro, enquanto que fevereiro foi de 47,1%. As famílias que responderam que estão consumindo a mesma coisa em janeiro era 37,9% e em fevereiro passou para 28,2%, com recuo de 24,1 pontos percentuais. A confiança de janeiro era de 116,4 pontos e em fevereiro passou para 91 pontos. As desvantagens deste indicador de fevereiro foram dois fatores que inibiram as compras, o carnaval que não teve o mês de 28 dias, menor que os outros.

Perspectivas de Consumo. O índice situou-se em 106,7 pontos, indicando pequeno grau de otimismo. Com relação ao mês anterior houve uma estabilidade porque o otimismo foi de 106,6 pontos e, deste modo, apenas 34,6% das famílias considera o cenário positivo para os seis meses seguintes, em função das promessas do auxílio emergencial. Porém 37,5% acreditam que a situação vai ser a mesma do ano passado.

Bens Duráveis. O índice que mede as vendas de Bens Duráveis tipo TV, eletrodomésticos, geladeira e outros foi o menor de todos os indicadores, que alcançou apenas 52,6 pontos. Paradoxalmente para quem ganha acima de 10 salários mínimos o índice (de duráveis) ficou em 105,9 pontos. A razão principal para o consumidor de maior poder aquisitivo procurar os bens duráveis neste mês fundamenta-se no fato de saber que sempre nos inícios dos anos o setor Comércio realiza grandes promoções e só os que têm alguma reserva são os beneficiados. Outra justificativa plausível é o fato de que há mais facilidade de crédito para esta classe.

Raimundo Nonato Augusto da Paz, assessor econômico da FECOMERCIO/PI e do Instituto FECOMERCIO de Pesquisa e desenvolvimento

Fonte: Ascom

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