Bolsonaro diz respeitar Constituição e fala em liderar brasileiros

Depois de mais de 44 horas em silêncio desde que foi confirmada a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o presidente Jair Bolsonaro (PL) se pronunciou sobre o resultado. Em discurso de 2 minutos e 7 segundos, o chefe do Executivo agradeceu aos eleitores pelos 58 milhões de votos que recebeu, defendeu manifestações pacíficas, mas não cumprimentou o oponente.

Bolsonaro convocou todos os ministros do governo para uma reunião às 14h30 no Palácio da Alvorada. Falou aos repórteres logo depois do encontro com o alto escalão. Coube ao ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, falar sobre a transição de governo, em uma admissão indireta da derrota nas eleições.

Antes de iniciar o seu pronunciamento, Bolsonaro se virou para o lado direito, onde estava Ciro Nogueira, e disse: “Vão sentir saudade da gente”.

“Enquanto presidente da república, continuarei cumprindo todos os mandamentos da nossa Constituição”, declarou o presidente à nação. Jornalistas da mídia nacional e internacional acompanharam o discurso no Palácio da Alvorada.

Sobre as manifestações, o chefe do Executivo disse: “Os atuais movimentos populares são fruto de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral. As movimentações pacíficas sempre serão bem-vindas, mas os nossos métodos não podem ser o da esquerda, que sempre prejudicaram a população, como invasão de propriedades, destruição de patrimônios e cerceamento do direito de ir e vir”.

Grupos de caminhoneiros interditam pelo menos 230 trechos de rodovias desde a madrugada de 2ª feira (31.out) contra a vitória de Lula nas eleições presidenciais.

Mais cedo, também nesta 3ª feira, Bolsonaro convidou alguns ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) para uma reunião no Palácio da Alvorada. No entanto, a divulgação do encontro irritou os magistrados e a reunião foi cancelada. A intenção de Bolsonaro era explicar aos ministros o que é seu juízo a respeito do resultado eleitoral de domingo (30.out).

Ele pretendia dizer que as manifestações de caminhoneiros na 2ª (31.out) e nesta 3ª feira (1º.nov) são uma espécie de exemplo do que pode se transformar o país caso haja um movimento virulento contra o bolsonarismo, como tem sido sugerido por militantes lulistas.

Antes de fazer sua declaração, Bolsonaro teve manhã e tarde cheias de conversas om atores políticos e aliados. Recebeu o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e o ministro Ciro Nogueira (Casa Civil), por exemplo.

Fonte: Poder360

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