O avião do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) arremeteu nesta sexta-feira (18) ao tentar pousar na cidade de Sinop, em Mato Grosso. O procedimento se dá quando o piloto desiste da aterrissagem e, já perto do solo, levanta voo para realizar posteriormente uma nova aproximação. De acordo com o governante, isso ocorreu devido à baixa visibilidade.

Bolsonaro não atribuiu a manobra à fumaça provocada pelas queimadas que se alastraram pelo Pantanal brasileiro e que são objeto de críticas da comunidade internacional à gestão ambiental do governo. Os incêndios já devastaram mais de 3.000 hectares.

“Quando nosso avião foi pousar hoje, ele arremeteu, a segunda vez que acontece na minha vida. Sempre é algo anormal que está acontecendo, no caso é que a visibilidade não estava muito boa. Para nossa felicidade, na segunda vez conseguimos pousar.”

Mas de acordo com o COA (Centro Oeste Airports), empresa que administra o aeroporto João Figueiredo, o procedimento foi necessário por causa da fumaça que paira sobre a região.

A companhia alegou, por outro lado, que não há focos de incêndios no entorno e que a fumaça teria origem em local distante. Sinop está localizada a cerca de 500 quilômetros do Pantanal, segundo informou o COA.

Além do presidente, ocupavam a aeronave ministros como Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) e Tarcísio Gomes de Freitas (Infraestrutura). Ninguém teve ferimentos.

Manobra de rotina, diz aeroporto
O COA também esclareceu que o procedimento adotado pelo piloto da aeronave presidencial é “comum” e não seria o suficiente para mobilizar maiores esforços da torre de controle.

Em casos nos quais não há visibilidade ideal, o piloto realizaria uma primeira tentativa de aterrissagem como uma espécie de “teste”, aproximando-se da pista apenas para estudar as suas condições. Posteriormente, ele realizaria efetivamente o pouso, em segurança.

O UOL tenta contato com o GSI (Gabinete de Segurança Institucional) e aguarda posicionamento.

Agenda com o agronegócio
Em Mato Grosso, Bolsonaro cumpre agenda nas cidades de Sinop e Sorriso. Pela manhã, ele foi homenageado por produtores rurais e executivos do agronegócio. Durante o discurso realizado no evento, o presidente minimizou as queimadas que assolam esse bioma e enalteceu o setor produtivo.

“Estamos vendo alguns focos de incêndio acontecendo pelo Brasil, isso acontece ao longo de anos. E temos sofrido crítica muito grande porque quanto mais nos atacarem, mais interessa para os nossos concorrentes para aquilo que temos de melhor que é o nosso agronegócio”, disse.

Fonte: Folhapress
Foto: Alan Santos/PR

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