Bebê venezuelana morre após participar de ritual de curandeirismo

Uma bebê venezuelana, de apenas 9 meses, morreu na tarde desta sexta-feira (12) no Hospital do Buenos Aires, na zona Norte de Teresina, após um suposto ritual religioso. Ela estava entre um grupo de 15 indígenas venezuelanos refugiados que chegaram há uma semana na capital e que foram acolhidos no CSU (Centro Social Urbano) do bairro. A mãe da menina, de 13 anos, e a avó, foram conduzidas para a Central de Flagrantes por suspeita de maus-tratos.

O secretário executivo Secretaria Municipal de Cidadania, Assistência Social e Políticas Integradas (SEMCASPI), Eduardo Aguiar, afirmou que desde a chegada da menina em Teresina, ela já apresentava sinais de anemia e hepatomegalia. Ela chegou a ser atendida em uma unidade de saúde da região, mas pela cultura dos indígenas venezuelanos, eles a levaram para um pajé do grupo.

“Essa criança chegou a uma semana em Teresina com um grupo de 15 pessoas. Ela já apresentava sinais de anemia, hepatomegalia, que é o aumento do fígado. Desde o momento que ela chegou, a gente percebeu o adoecimento. Nós levamos para a unidade saúde por onde passou por todos os tratamentos, mas eles não acreditam na medicina. Eles acreditam no ‘curandeirismo’, devido à cultura deles. Eles têm um pajé no qual eles levaram a criança para rezar. E Hoje teve essa prática que piorou a saúde da criança. Vimos os hematomas, levamos ela ao hospital, mas ela não resistiu”, completou.

A Polícia Militar do 9° Batalhão foi acionada e conduziu a mãe da criança e a avó para a Central de Flagrantes de Teresina, na companhia de um tradutor, da Gerência de Direitos Humanos e a equipe do Conselho Tutelar.

“Ainda teve a tentativa de intubação, mas ela não resistiu. Foram acionados os órgãos de controle. A criança receberá todo o atendimento necessário da Semcaspi, como uma urna e um local para ser sepultada”, completou Eduardo Aguiar.

Da Redação

relacionadas

talvez você goste