O Brasil consolidou no Japão o seu melhor desempenho em edição olímpica. E muito dessa campanha se deve à performance dos atletas das Forças Armadas. Protagonistas em oito pódios, eles foram responsáveis por 38,09% das medalhas conquistadas pela delegação brasileira. A melhor participação até aqui eram as 19 medalhas obtidas nos Jogos do Rio 2016. Em terras japonesas, os brasileiros elevaram o número para 21.

Integrantes do PAAR (Programa Atletas de Alto Rendimento) do Ministério da Defesa, Ana Marcela, na maratona aquática, Kahena Kunze, na vela classe 49er FX, e Hebert Conceição, no boxe masculino, trouxeram três ouros. Eles bateram continência quando subiram ao pódio, e exemplo do que já havia acontecido nos Jogos do Rio, em 2016.

Última a medalhar na Olimpíada de Tóquio, Beatriz Ferreira conseguiu a prata no boxe feminino. Os quatro pódios de atletas militares que completam a lista são de Daniel Cargnin, no judô, Fernando Scheffer, natação nado livre, Alison dos Santos, 400 metros com barreira, e Abner Teixeira, no boxe também. Todos ficaram com o bronze. Todos tem a patente de 3º Sargento.

Dos 302 atletas do Time Brasil que estiveram presentes em Tóquio, 91 eram militares. Essa fatia corresponde a 30% da equipe. A proporção é equivalente à delegação que esteve na Olimpíada do Rio, há cinco anos. Na última edição dos Jogos, dos 465 atletas que integraram elenco brasileiro, 145 eram militares. Em Londres-2012, por exemplo, esse número foi menor: 51 militares de um total de 259 atletas (19% da delegação).

Se o desempenho dos atletas militares foi bom em relação aos pódios em Tóquio, esse número caiu em comparação com os Jogos do Rio. Em 2016, 13 das 19 medalhas foram conquistadas pelos competidores do PAAR, o que dá um aproveitamento de 68% dos pódios.

O investimento do Ministério de Defesa com essa iniciativa gira em torno de R$ 38 milhões por ano com os 549 atletas credenciados no programa. Mas esse valor pode oscilar de acordo com o desligamento ou inclusão de novos nomes de esportistas na relaçãol.

O orçamento abrange salário, assistência médica e locais de treinamento nas instalações esportivas localizadas nas organizações militares das Forças Armadas. Dependendo da patente e da corporação do atleta, os vencimentos giram em torno de R$ 4 mil. Os atletas militares precisam participar de alguns poucos eventos durante a temporada, mas todos eles ganham fardamento exclusivo das Forças que representam. O salário ajuda a compor os vencimentos mensais dos competidores, que também podem receber do programa de Bolsa Atleta, dos seus clubes, ajuda do COB e de patrocinadores

Fonte: r7.com

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